Waldemir Barreto - Agência Senado
Luiz Corrêa (E): a falha foi por deficiência do sistema de buscas, em razão de possíveis grafias do nome Ghaani.
Ghaani foi citado pela revista Veja em abril deste ano como “comandante interino das Forças Quds, a unidade de elite da guarda revolucionária iraniana”. Segundo o presidente da Comissão Mista de Controle da Atividades de Inteligência (CCAI), senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), a suspeita é que a vinda do iraniano ao Brasil teria o objetivo de “pesquisar a venda de materiais atômicos”.
Em razão da denúncia, o deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ) solicitou informações, em maio deste ano, ao Ministério da Justiça, ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e ao Ministério das Relações Exteriores. As respostas, segundo o parlamentar, foram conflitantes: nos dois primeiros casos, os órgãos negaram a passagem do iraniano pelo País; já o Itamaraty confirmou a visita.
Luiz Fernando Corrêa, que participou de reunião hoje na CCAI, justificou a falha com uma deficiência do sistema interno de buscas do órgão. O problema teria sido causado em razão das possíveis grafias do nome de Ghaani.
Para Itagiba, houve “má-fé ou, pelo menos, desleixo” no envio de informações à Câmara. O deputado vai sugerir à comissão que seus integrantes apurem diretamente nos órgãos quais são as informações disponíveis sobe o suposto terrorista.
Lista de restrições
Apesar da falha no envio da informação, o diretor da Polícia Federal garantiu que não houve qualquer irregularidade na autorização para a entrada do suposto terrorista no País. “Não há qualquer impedimento formal para a entrada desse indivíduo no País e ele não consta em nenhuma lista nacional ou internacional de restrições”, assegurou.
O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, Wilson Roberto Trezza, que também participou da reunião de hoje, confirmou que Ghaani não estava impedido de entrar no País.

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