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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Campanha da Fraternidade 2010 será lançada nesta quarta

A Campanha da Fraternidade 2010 será lançada pela terceira vez (a exemplo de 2000 e 2005), de forma ecumênica. Organizada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), tem o lançamento marcado para as 19h30, em Brasília, no Santuário Dom Bosco e tem como objetivo colaborar para a promoção de uma economia menos egoísta, mais solidária e voltada para a vida.

O tema deste ano é “Economia e Vida” e o lema, “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”, baseado no evangelho de Mateus. No Rio Grande do Norte a campanha deve ser lançada no dia 5 de março, na Catedral Metropolitana. O coordenador é o padre José Freitas Campos.

“A economia não deve visar somente o lucro, marginalizando as pessoas. Mas que seja fundamentada numa cultura de paz, a partir desse esforço de pessoas de boa vontade para que possamos construir um bem comum, a vista de uma sociedade sem exclusão, sem excluídos”, disse padre Campos.

Para o coordenador da campanha, a pessoa não pode viver uma opção religiosa distante da realidade da vida. Ele explica que o dinheiro é necessário para a sobrevivência, mas que para isso ninguém precisa idolatrá-lo. “Não é necessário uma rejeição total. Mas cada pessoa deve se perguntar se o seu deus é Deus ou se o seu Deus é o dinheiro”.

Mas ao se falar de dinheiro e bens, há quem lembre todo o tesouro da igreja Católica, concentrado no Vaticano. Mas o padre Campos responde a esse tipo de questionamento de forma tranquila. “O que nós temos de riqueza não pertence a pessoas, mas ao patrimônio da humanidade. Os bens devem ter uma finalidade social”. O religioso citou o papa João Paulo II que pregava que toda propriedade privada deve ter uma hipoteca social.

Quanto ao caráter ecumênico da campanha, padre Campos diz que no Nordeste ainda é difícil congregar diferentes igrejas em torno de uma mesma campanha. “Aqui é bem mais difícil, mas no Sul as igrejas luteranas, anglicanas, conseguem um trabalho de união maior. Mas nós queremos convidar os líderes de todas as igrejas nesta parceria”.

O pastor Júlio Neto, superintendente da Missão Evangélica no RN elogia as medidas tomadas para a melhoria do bem comum, mas explica que as igrejas evangélicas não se sentem convidadas de fato a participarem da Campanha da Fraternidade. “Na verdade a igreja Católica não conta com ninguém para as campanhas”.

Para o pastor só será possível uma mudança no teor da economia mundial quando os líderes políticos mudarem sua visão de mundo e da economia e se voltarem para Deus. “Não acredito numa mudança feita a partir do olho da planta, mas iniciada pela raiz”.

Fonte: Tribuna do Norte

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