Se for comprar presentes para crianças, é bom sair de casa sabendo: elas estão modernas demais.
Fernanda de Lago, de 10 anos, é exigente na escolha dos presentes de Natal: “Que ela faça alguma coisa. É mais legal”.
A procura por brinquedos não é feita apenas nas lojas convencionais, mas nas especializadas em eletrônicos. Em uma loja, de cada 10 computadores vendidos, três são para crianças com menos de 10 anos de idade.
“A procura, hoje em dia, tem sido assim em torno de 7, 8 anos. São computadores completos, com 160 GB de HD, 1 GB memória, são computadores para empresários”, informa a gerente da loja Luciane Fraga.
A nova geração não quer mais saber de brinquedos do tempo dos avós. Mesmo nas lojas onde tudo é pensado para eles, a diversão preferida está na ponta da língua.
“Playstation, DVD, celular do meu pai. Tenho computador, celular. E agora quero o playstation 2”, conta Gabriel Kufner, de 8 anos.
As lojas investem para acompanhar essa geração. As prateleiras estão cheias de novidades.
“Eles querem interagir, mexer, criar mais. Eles inventam. A máquina te dá essa oportunidade e o brinquedo convencional não”, diz a gerente da loja Bia Mayer.
O militar Luis Paulo Kufner sempre aposta no diálogo com o filho de 8 anos. Mas, ele admite, às vezes é preciso impor a autoridade: “Tem que dizer não. Aí vem a autoridade, chega lá ele brinca e depois nem quer sair da piscina, mas tem que ter posição, faz parte”.
O que dizem os especialistas? Existe idade certa para ter acesso à tecnologia?
“Tudo que é feito com bom senso, nada de exagero na vida presencial quanto a vida virtual não traz estragos, prejuízos”, avisa a professora da faculdade de educação da UFRGS Elisabete Garbin.
Fonte: Portal G1

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